segunda-feira, maio 21, 2007

As alegrias e tristezas da paternidade

Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos,porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se
Lucas 15:22-24

O drama da pequena Madeleine McCann está em todos os noticiários (embora agora com menos intensidade) e é realmente chocante pensar o que poderá ter acontecido à pequena ou o que lhe poderá estar a acontecer.

Sendo também pai, nem consigo imaginar o que faria se algo assim acontecesse aos meus filhos, mas sei que mais tarde ou mais cedo (preferencialmente mais cedo, mas conheço-me) teria que entregar tudo nas mãos do nosso Deus, que tudo pode e tudo sabe. É por isso com certa admiração que olho para aquele casal, sabendo que devem estar em grande sofrimento, mas ao mesmo tempo conseguem manter a cabeça fria (pelo menos em público) e têm mostrado (à sua maneira) que confiam em Deus para os ajudar.

Mas ao olhar para toda esta situação há algo que me leva a traçar um paralelo com a nossa vida e com o nosso Pai celestial: Deus é nosso Pai, quando nascemos e somos apenas crianças continuamos filhos de Deus, na inocência do desconhecimento do pecado. À medida que vamos crescendo, alguns de nós tendem a afastar-se de Deus, são raptados pelo pecado, mas ao contrário do casal McCann (que desconhece o paradeiro da sua filha), o nosso Pai, sabe onde estamos e o que fazemos e isso lhe causa tristeza e pesar... Aqui a grande diferença é que nós podemos sempre voltar atrás; a Madeleine não!

É de imaginar que se a pequena Madeleine voltar para os seus pais, eles a vão receber em festa e o mesmo se com o nosso Pai. Assim, é com grande alegria que Ele nos recebe de volta, quando cansados deste mundo (como o filho pródigo), do pecado e das lutas, nos rendemos aos seus pés e "voltamos a casa". Nessa altura, tal como o pai da parábola que Jesus contou, também o nosso Pai faz uma festa e se regozija. Tal como este filho, que esbanjou a herança do seu pai, também nós vamos esbanjando a nossa herança, caminhando no mundo, mas um dia, tal como este também muitos de nós nos apercebemos que não temos nada e que a única solução é voltar ao Pai e então nos aproximamos devagar, com arrependimento, desculpas e por vezes medo por não reconhecermos que o Pai está de braços abertos à nossa espera.

Assim, caro leitor, se estás sozinho no mundo e achas que nada mais há para ti, volta para casa, arrepende-te dos teus pecados e pede perdão ao teu Pai celeste, pois ele te espera de braços abertos, pronto a festejar. Assim é o nosso Deus: misericordioso!