sexta-feira, outubro 26, 2007

As tempestades...

E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; Ele porém, estava dormindo. Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo. Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.
Mat 8:24-26

Todos os dias da nossa vida têm a sua quantidade de pequenas tempestades: são as crianças e as suas birras, os problemas no trabalho, etc. Mas há alturas em que parece que todo o mundo entra em convulsão numa enorme tempestade contra nós e é nessas alturas que a nossa fé é posta à prova!

Se na última vez que escrevi aqui me "queixava" de ter estado mais de um mês sem escrever, que direi agora... depois de um mês de férias (com muita chuva, diga-se) voltámos à nossa rotina, só que não foi bem a nossa rotina que encontrámos e várias têm sido as grandes tempestades que têm surgido na nossa vida:
  • começamos com a operação do nosso filho mais velho. Tudo correu bem: estava nas mãos do Senhor, que nos arranjou bons médicos e meio de os pagar!
  • a família Grilo, as pastorear-nos à dois anos e que são grandes amigos e companheiros, anunciaram-nos que iam mudar para outra Igreja. Ficámos tristes pela perda da proximidade mas felizes pela forma como o Senhor os usou na nossa vida e da nossa pequena comunidade e oramos por eles a cada dia para que possam continuar a influenciar vidas com o seu trabalho, agora na Covilhã e em Belmonte! Não é que seja uma tempestade muito grande na nossa vida, afinal de contas adoramos a Deus e não aos homens e a vida continua, mas não deixa de nos afectar.
  • As coisas no trabalho complicaram-se: pela primeira vez em 10 anos de trabalho, existe uma parede entre a minha mulher e eu. Não é a parede que vai arrefecer o nosso amor, mas sinto saudades de levantar a minha cabeça e vê-la ali, embora nunca lho tenha dito... Além disso passei a deter um cargo de maior responsabilidade e oro para que o nosso Deus me dê a sabedoria e a força para desempenhar este trabalho com justiça e rectidão e que esta seja também uma forma de O glorificar.
  • A Sara, minha sobrinha, adoeceu gravemente: há mais de duas semanas que está no hospital. Durante dias as notícias que recebemos eram negativas, transmitidas pelo meu cunhado, em desespero, sem culpa mas também sem a paz do nosso Salvador, pois ele é discrente. Foram dias de grande angústia, mas finalmente esta semana o nosso Pai misericordioso começou a mostrar que está no comando da situação: a Sara melhorou, embora talvez ainda tenha que ser operada, confiamos que tudo será feito conforme a Sua vontade.
Sozinho, ou mesmo com a companhia da minha mulher amada, eu não seria capaz de lutar contra todas estas coisas, e embora às vezes acabe a questionar a minha fé, a verdade é que nestes dias, Jesus tem sido o meu consolo, aquele que tem repreendido os ventos e os mares que se têm arremessado contra mim e contra a minha família.

É com os meus olhos turvos pelas lágrimas que acabo este texto, não que esteja triste, mas sim comovido com a graça do meu Pai Celestial, cansado, mas ainda assim em paz nos braços Dele.

Obrigado Senhor meu Deus, pela tua infinita misericórdia!