segunda-feira, março 19, 2007

Servir ou ser servido?

Levantou-se da ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.

João 13:4-5


No dia 4 deste mês fui consagrado Diácono. O principal conselho que me deram relativamente ao desempenho deste ministério foi que não deixasse de fazer o que levou o restante ministério da Igreja a escolher-me e aceitar-me como diácono!

Olhando melhor para a palavra diácono, observamos que é uma palavra que tem origem no grego diakonos que é normalmente traduzida por servo ou aquele que serve. Olhando para a história da Igreja observa-se que os primeiros diáconos foram consagrados no consílio de Jerusalém (ver Actos 6) e entre eles estava Estevão, que acabou por morrer apedrejado.

Mas se o propósito de um diácono é servir, porquê fazê-lo? Afinal de contas no mundo de hoje cada um procura usufruir do máximo de regalias possível indepentemente da forma como as obtém. Porque é que eu, licenciado e mestre em Engª Informática, me hei-de rebaixar a servir outros sabendo que no fim do dia a minha carteira vai estar na mesma ou pior ainda, mais vazia, que vou estar cansado, esgotado...

Eu acredito que a resposta está, entre muitos outros locais, no versículo que transcrevi: Jesus, o próprio Filho de Deus, rebaixou-se ao ponto de lavar os pés dos seus discípulos! Pensem nisto, o mesmo Jesus que trouxe Lázaro dos mortos com a sua voz, que deu vista aos cegos com o seu toque, que curou uma mulher com as suas vestes, dobrou-se e lavou e enxugou os pés aos seus discípulos. Ele poderia ter apontado para os pés deles e dito "Limpem-se!", mas isso não daria para transmitir a mensagem e a mensagem, que o próprio Jesus (ver, por exemplo, Marcos 10:31) várias vezes referiu é que os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. E se é assim, então eu quero ser um dos últimos...

terça-feira, março 06, 2007

Nascer de novo

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus."
João 3:3

Hoje é o meu aniversário: faço 33 anos!

A nossa vida é cheia de pequenos aniversários e efemérides, muitos dos quais ignoramos ou esquecemos por serem insignificantes (eu por exemplo sei que há 32 anos atrás comecei a dar os meus primeiros passos sozinho) outros ficam marcados para sempre e não os esquecemos: o nascimento, o casamento, a entrega a DEUS e muitos outros. Mas hoje, porque é o meu dia de aniversário eu quero falar do meu nascimento. Não do nascimento para a vida neste mundo, mas do meu nascimento para a Salvação!

Desde muito cedo que eu sempre frequentei a igreja católica. Fiz a primeira-comunhão, profissão de fé, fui crismado, fui acólito e quando cheguei aos meus 20 anos eu achava que conhecia Deus, Jesus e a Bíblia. Mas estava enganado... tão enganado que a primeira vez que fui a uma Assembleia de Deus (nas Caldas da Rainha) tudo aquilo me parecia estranho, aquelas pessoas não podiam estar a falar do mesmo Jesus que eu conhecia e eu tinha razão! A verdade é que eu não conhecia verdadeiramente Jesus, pois para mim ele era quase um personagem histórico, um Júlio César ou um Afonso Henriques, mas pouco mais, e quando eu percebi isso entreguei-me a Ele!

Em toda a minha vida nunca fumei, bebi ou usei drogas. E, tirando o facto de dizer muitos palavrões e praguejar, não acreditei que tivesse que fazer grandes mudanças na minha vida, por isso o meu nascer de novo foi quase imperceptível. Mas a verdade é que ao longo dos últimos doze anos, à medida que vou conhecendo melhor o meu Deus e os seus desejos para a minha vida, me apercebo que efectivamente nasci de novo e continuo a nascer a cada dia que passa, de cada vez que descubro um versículo tantas vezes lido mas até agora incompreendido. Para mim nascer de novo tem sido morrer dia a dia, morrer para o mundo, nascer para Cristo!